Mensagens de Dor

Quando levamos um tombo, quando não conseguimos o que queremos, quando estamos doentes, tudo isso dói, mais não existe dor maior do que a dor da perda, mais não é a perda de bens materiais, é a perda de um ser, quando uma pessoa perde a casa é ruim, porém ela ainda tem a vida para poder lutar e reconquistar uma casa mil vezes melhor do que a casa antiga; quando se perde dinheiro ainda assim se tem a vida para poder trabalhar e reconquistar o que se perdeu; quando se perde uma bola ainda assim pode-se comprar outra; mas e quando se perde a VIDA?
É ruim perder coisas que conquistamos com o nosso esforço, mas nada é comprável a dor que se sente quando se perde alguém, quando essa pessoa morre, somente o que resta é o vazio, a tristeza, não existem telefones para amenizar a saudade, que bom seria se existissem telefones no céu! mas não existem...
A vida é curta, o tempo mais ainda, as pessoas vivem se queixando de tudo, se queixam das roupas que tem, se queixam do dinheiro que ganham, enfim, ACORDEM se gastassem o tempo que passam reclamando da vida, fazendo algo de produtivo suas vidas seriam bem melhores, deixem a pessoa que amam com uma palavra de carinho, vocês não sabem se poderão fazê-lo mais tarde.
A morte pode tirar as pessoas do nosso lado, mais não podem tirá-las do nosso coração, por isso ele sangra cada vez que perdemos alguém que amamos, mais ele se restaura pois sabe que a partir dali ele será o único lugar em que encontraremos nossos entes queridos cada vez que sentirmos a sua falta...
Para ligar para o céu, o único telefone é o joelho, somos atendidos por aquele que nos dera a VIDA, mas muitos fecham o coração e não escutam quem está do outro lado da " linha".

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'agua e bebesse.
Qual é o gosto? Perguntou o Mestre.
É Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
E Qual é o gosto?
- Bom! disse o rapaz.
E Você sente o gosto do sal?
- Perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
A dor na vida de uma pessoa é inevitável.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo.
Torne-se um lago.

Desconfiança é algo que maltrata muito o coração
Um sentimento de impotência algo se quebra
A desconfiança dói muito pra ambas as partes
Se ela vem de mentiras essa dor maltrata a alma
Você se sente perdida não entende o por que
Tudo perde o sentido, tudo passa a ser duvidoso
A mentira é plantada de forma cruel e traiçoeira
E mesmo que você não queira acreditar lá vem ela
A desconfiança sentimento que acaba com a gente
Só o tempo para mostrar que estávamos enganados
E que a inveja de alguns nos afasta de quem amamos
A inveja é coisa de pessoas frias sem amor no coração
Pessoas que sofrem com a felicidade dos outros
Por não saberem o que é amar e serem amados.

Amar pode ser sorrir, chorar,
festejar, implorar, sofrer,
se humilhar, mas isso não quer
dizer que amar seja fácil, pois não é,
amar é mais difícil que a dor da perda,
da infelicidade de não ter conseguido conquistar algo.

Amar é mesmo sofrendo
fazer as maiores loucuras de amor,
não se arrepender de ter jogado tudo ao alto
por alguém que nos faz bem,
que faz de nós as pessoas mais indecisas do mundo.

Amar pode ser, talvez como o sol
que se esconde a noite para dar a alegria a lua
aos casais que amam seja de dia seja a noite,
que compartilham seus sonhos,
desejos e que além de tudo que sonham juntos...

Amar pode ser o que você quiser que seja!!

Se hoje o teu amor partir
na certa que o teu sol não vai raiar,
mas não deixes de sorrir
e para variar
esqueça a fita métrica
surfa sem te martirizares pelo tamanho das ondas
deixa que a poesia da vida encontre ali a sua métrica
pode ser que por traz das calemas
as sereias estejam empenhadas a edificar um futuro risonho para aquele coração que hoje é o mais tristonho.

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo'
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

Martha Medeiros

Hoje chorei, Chorei a dor, Chorei no meu mais íntimo ser Não a dor de uma partida, Não a dor de um amor Chorei a dor dos famintos, A dor do desamor, Chorei pelas tantas lágrimas que em vão derramei Chorei a dor do meu próprio descaso, Chorei pela criança sem infância, Sem lar, sem brinquedos, sem futuro, sem ânsia Chorei pelo lar que tive, chorei ao acaso Chorei pela menina mulher mãe criança Que ainda jovem traz ao mundo outra criança sem infância Chorei pelo meu próprio egoísmo, Meu próprio orgulho, Pelo meu mundo cor de rosa, Quando muitos nada possuem, nada tem, Chorei, não pelo que de Deus recebi, Não pelo amor que me foi dado e que senti, Não pela Mão que sempre me sustentou para eu não cair Mas pelos desprovidos de todo amor que tive, Chorei ao olhar nos olhos da criança, Do futuro a esperança, Chorei pelos meus iguais Marginalizados, Cansados do descaso, Da falta de amor, De compaixão, Chorei como muitos Que podem como eu, Mudar o mundo Mas como muitos, Nada fiz, Apenas chorei...

Algum tempo já passou desde que você partiu. Nos primeiros tempos sem você, a dor era tão aguda que era difícil pensar em outra coisa, mas era triste lembrar de você com dor, com a dor do luto.

Hoje, penso todos os dias em você, mas aquela dor virou saudade, a dor já não é aguda, mas continua latente. Eu espero pelo dia que a sua lembrança virá acompanhada apenas de um sopro morno de saudade e do amor que se mantém vivo em meu peito.

Você é e sempre será parte de mim, você estará sempre dentro do meu coração. Quando penso em você, tento afastar a dor com o seu sorriso que me vem à mente, porque quero lembrar de você feliz, e quero que a sua lembrança me traga também a felicidade dos tempos que eu tinha você ao meu lado.

Espero que você esteja bem voando entre as estrelas!

Uma das músicas mais bonitas da MPB é aquela composta pelo Nelson Motta e cantada pelo Lulu Santos, que diz que na vida tudo passa, tudo sempre passará, como uma onda no mar. Linda. Mas é mentira.
A garota está sofrendo o diabo porque brigou com o namorado e a mãe consola com a frase de sempre: vai passar. O garoto levou bomba no vestibular e o melhor amigo diz: na próxima vez você passa. Analisando superficialmente, é verdade, todas as nossas dores, um dia, cessam. Para dar lugar a novas dores. Tudo passa? Nada passa!
É isso que ninguém tem coragem de nos dizer. A dor da perda, a dor de fracassar, a dor de não corresponder a uma expectativa, a dor de uma saudade, a dor de não saber como agir, de estar perdida, instável, de ter dúvidas na hora de fazer uma escolha, todas estas dores, que parecem pequenas para quem está de fora, nos acompanharão até o fim dos nossos dias. Elas não passam. Elas ficam. Elas aninham-se dentro da gente, o que não deve servir de motivo para pularmos de uma ponte. Mario Quintana escreveu que nós somos o que temos e o que sofremos. Sem dor, sem vida interior.
Não passam as dores, também não passam as alegrias. Tudo o que nos fez feliz ou infeliz serve para montar o quebra-cabeças da nossa vida, um quebra-cabeças de 100.000 peças.
Aquela noite que você não conseguiu parar de chorar, aquele dia que você ficou caminhando sem saber para onde ir, aquele beijo cinematográfico que você recebeu, aquela visita surpresa que ela lhe fez, o parto do seu filho, a bronca do seu pai, aquela festa para a qual você não foi convidada, o acidente que lhe deixou cicatrizes, tudo isso vai, aos pouquinhos, formando quem você é.
Não há nenhuma peça que não se encaixe. Todas são aproveitáveis. Como são muitas, você pode esquecer de algumas, e a isso chamamos de "passou". Não passou. Está lá dentro, meio perdida, mas quando menos você esperar, ela vai ser necessária para você completar o jogo e se enxergar por inteiro.

As pessoas que amamos não morrem jamais, apenas viajam na nossa frente...
Apenas compram uma passagem para um lugar bem longe... Muito longe. Só que tinham apenas o dinheiro da passagem de ida e os que ficam como não tem dinheiro para ir junto, vão ter que ficar, trabalhar, até também juntar dinheiro e também comprar passagem e viajar...
Não importa o lugar onde está, vem um anjo e desliga o interruptor da vida e essa pessoa tão especial dorme.
Quantas vezes a gente se perde olhando um carro na estrada, e o carro vai se distanciando e a gente continua olhando, e mais, e mais, até chegar um ponto que o carro some.
Nossos olhos não veem mais, porém isso não significa que o carro parou de andar... Lá ele continua andando em alguma estrada, em algum lugar, só que não mais ao alcance dos nossos olhos.
Pense nisso... Em algum lugar, de alguma forma, já que na casa do Pai tem muitas moradas, essa pessoa tão especial vai estar dormindo ou prosseguindo sua trajetória.
Um dia você terá respostas para todas as perguntas que faz e ninguém te responde.
E mais, essa dor que ora todos sentem não é uma dor eterna... Deus é tão sábio e misericordioso que ele criou o tempo e o tempo serve para muitas coisas, inclusive para ir amenizando e diminuindo a dor.
Não que essa pessoa será esquecida, porém a dor vai aliviando, aliviando até uma hora ela permanecer apenas nas suas lembranças, no seu pensamento, e aí essa pessoa querida, vai ter apenas um nome: saudade!
Isso vai servir de lenço para secar as lágrimas quando elas insistirem em rolar.
Nada muda o rumo das coisas, porém essa mensagem talvez alivie um pouco da dor que é tão sentida no momento da partida.
Que Deus conforte o seu coração e seque as suas lágrimas.

Quando algo em nós morre, quando alguém que amamos morre, ou quando morre um amor, é preciso viver o luto. É preciso elaborar a dor. Não podemos simplesmente fazer de conta que aquilo não aconteceu e seguir com a vida, com a dor escondida em um lugar qualquer do peito.

É preciso encarar a dor da perda de frente. Por mais que isso doa, massacre. É preciso ser forte, mas também podemos nos permitir sofrer. A força é justamente reconhecer o tamanho da dor, vivê-la, tentar sobreviver a ela, e um dia transformar essa dor em saudade, sabedoria, maturidade.

Depois do luto, é preciso lutar. Lutar para seguir com a vida, abrir-se para o que de novo a vida tem a nos oferecer. Enquanto a morte vem nos arrancar um pedaço da vida, um pedaço de nós, a vida segue. E temos que nos agarrar àquilo que sobra da vida. Vale a pena viver, apesar de tudo, apesar do sofrimento.

Em honra e memória da vida daqueles que se foram, em respeito a nós e à nossa vida, é preciso viver e buscar alegria e sentido em tudo o que fazemos. Em muitos momentos não será fácil, em muitos momentos será mais fácil querer desistir. Mas é nessas horas que se separam os fortes dos fracos. Tenha fé em você!

Solidão-inquietação, insatisfação...
Palavras se atropelam na imensidão confusa da dor.
Sentimento de desprezo, de insignificância humana...
Desejo insaciado, grito de amor calado pela indisplicência alheia.
Murmúrio de dor, espinho de flor no fundo da alma contido.
É o não querer daquilo que mais se quer.
É a dor mais profunda na vida de uma mulher.
Planos de um futuro jogados no fundo do poço.
Um sentimento puro, recíproco por miséria sentimental.
Fere o coração como ao corpo o punhal, desfalecendo-o pois enfim é mortal.
Ter solidão na vida é viver sem ter vida
É morrer de uma morte que na realidade não mata
Que destrói aos poucos o que já não existia...
Grito sufocado, choro da alma, nostalgia.
Solidão é a dor que amortalha
É uma dor inclemente que a nossa vida estraçalha.

Dói. É uma dor física, é uma dor na alma. É uma dor que dura, é uma dor feita para durar. Dói enterrar um amor, dói como poucas coisas são capazes de doer na vida.

Um amor que morre é um amor que morre é um potencial de vida que deixa de existir. São projetos, são expectativas, são sonhos que nunca vão se realizar.

O amor tem essa estranha capacidade de nos fazer acreditar, que nos querer fazer lutar. Mas quando está destinado a acabar, a morrer, o melhor é aceitar.

No amor como na vida, não há como lutar contra a morte. Quando ela anuncia a sua chegada, é preciso respeitar. Não há mais nada a fazer, a não ser preparar o coração e alma para um período de luto e sofrimento, para os dias escuros, para a tristeza.

Mas não podemos nos entregar a dor. Um amor que morre é uma vida que renasce. Sonhos vão, mas outros vem. É preciso saber aceitar, é preciso sabedoria e força para seguir em frente, ainda que o corpo pareça pesado, e o coração pareça não mais querer bater.

Dói enterrar um amor.

Como dizer o nome desta dor que no meu coração encaixou?
Como se chamar esta dor que em meu peito bate feito um tambor?
Esta dor que me tira o sono, me deixando enlouquecida, perdida pensando em quem amo.
Esta dor que quando ouço o seu nome, meu coração dispara, por um momento me sinto fora do chão, parece que vou desmaiar. Saudade, só podia ser a antiga saudade.
Saudade tem sabor de amizade, amor talvez, mas a dor é mais forte que todas as dores.
Não sei até quando nem até que horas, mas por te meu coração chora.
Só sei que a saudade te me consome, e a cada voz ouço o seu nome.

Quando a angústia lhe afligir, quando o desespero tomar conta do seu coração, quando você se sentir perdido, e a dor parecer lhe sufocar. Feche os olhos, tente respirar fundo e deixe o seu coração lhe guiar através do amor de Deus.

Não há dor que não passe, não há desespero que a esperança não leve, não há situação que a fé não salve. Se Deus lhe apresentou um desafio na vida é porque Ele sabe que você vai ser capaz de superar, e vai aprender uma importante lição na vida. Tenha a certeza que Deus jamais permitiria que você passasse por tamanha provação se Ele não soubesse que você seria capaz de ultrapassar.

As dores e cicatrizes podem ficar marcadas em sua alma, mas os ensinamentos de Deus também estarão cravados na sua alma. Não há crescimento sem sofrimento, não há sabedoria sem dor. Resigne-se diante da vontade do Senhor, reconcilia-se com a sua dor, com a sua vida, com os seus caminhos, e entregue os seus passos a Deus. Ele saberá lhe guiar. Tenha paz e paciência!

Quando o amor aparece em nossa vida, tudo se transforma. Os dias se tornam mais leves, mais coloridos, mais animados. As expectativas nos dão ânimo e força. Sonhamos com o momento de encontrar o nosso amor e estar ao seu lado por alguns instantes.

O amor faz bater mais forte o peito, faz o corpo todo se sentir mais vivo e mais feliz. Mas quando o amor acaba, quando não há mais nenhuma saída para o amor além da separação. Essa agitação do coração torna-se uma dor imensa. Em vez de bater, o coração parece parar. O corpo quer se mexer, mas o coração não deixa. O coração é que parece comandar o corpo, em vez do cérebro.

Quando um grande amor se vai, tudo na vida perde o sentido. Tudo fica sépia e sem sabor. A dor incomoda, faz o sono nos abandonar, faz a respiração pesar. É um período de luto, um amor morreu, um projeto de vida em comum acabou, um desejo de felicidade ficou parado no ar. Mas a dor passa, a ferida vai sarar, ainda que as cicatrizes fiquem para sempre. O importante é pensar nas cicatrizes como histórias para contar e não marcas de dor.

É lógico não querer perder.
Não deveríamos ter de perder nada:
Nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas.
Mas a realidade é outra:
Experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas.

Segundo:
Perder dói mesmo.
Não há como não sofrer.
É tolice dizer não sofra, não chore.
A dor é importante.
O luto também.

Terceiro:
Precisamos de recursos internos para enfrentar a tragédia e a dor.
A força decisiva terá que vir de nós, de onde foi depositada a nossa bagagem.
Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos ali.

A tragédia faz emergir forças inimagináveis em algumas pessoas.
Por mais devorador que seja, o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.

Quando é hora de sofrer não temos de pedir licença para sentir, e esgotar, a dor.
O luto é necessário, ou a dor ficará soterrada, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade e fechando todas as saídas.

Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ele gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis.

A alegria tonifica o espírito. A dor o enaltece.
A alegria forma o caráter. a dor, à vontade.
A alegria impulsiona em direção ao sentimento. a dor, rumo ao universo, para o verdadeiro amor.
A alegria harmoniza a nossa capacidade de viver. a dor aperfeiçoa a nossa capacidade de superação.
Ambos são essenciais para a nossa evolução.

A pior dor que podemos sentir é a dor da saudade. Algumas feridas que temos na pele também doem, mas logo desaparecem. Certas dores físicas podem ser eliminadas com medicação. Mas a dor da saudade por vezes não tem cura, porque a pessoa de quem sentimos falta partiu em uma viagem sem retorno.

Talvez fosse mais fácil se as recordações nos fizessem bem. Talvez tudo passasse se chorar ajudasse a esquecer. O pior é que temos de prosseguir, por vezes sem vontade de viver. A dor da saudade é o maior desgosto que alguém pode ter.

Que não precisa me dar satisfações! Seria bom poder controlar o tempo. O transformaria num cavalo alado... O faria voar! Galopes ao vento! Não voltaria, apenas o adiantaria. A dor seria eliminada.
Tempo que me entrega a dor. Mesmo tempo que me trouxe a esperança.
Tempo que não passa, parece ter se estacionado aqui.
Siga viagem tempo, leve com você tudo que nunca deveria ter trazido. Não faça parecer justo me entregar a dor logo após me apresentar a alegria. Precisa partir e se distanciar! Precisa passar!
Dor que atormenta a alma, que dilacera o coração e faz a vida parecer injusta!
Não... Não é toda a vida, apenas parte dela!
Ferida pequena, mas dolorida! Parte minúscula que prende toda a minha atenção!
Jamais renderei... Não espere que me jogue aos seus pés! Lutarei contra você... Destemido tempo!
Talvez, me sinta fraca, mas acredite... Não será redenção. Terá que me vencer!

Não sei se saudades tem cor.
Dizem que sim
O que eu sei é que ela tem forma
Tem gosto. Tem cheiro e peso também.
E, acreditem, ela tem asas!
Se não, como nos transportaria
Tantas vezes a lugares
Tão distantes?
E sei ainda que ela se agiganta
Quando mais tentamos
Diminuí-la.
Sei que ela dói de dor
Intensa e sem remédio
Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência
Do tamanho da importância
Das pessoas para gente
Porque quando amamos alguém
A saudades já chega por antecipação, sorrateira
Disfarçada de algo que não conseguimos decifrar
É aquela dor fininha
De não sei o que, a angústia boba que nos invade só de imaginar
A separação
E a gente fica meio sem saber
O que fazer
Mas é assim...
É uma dor que gostamos
De sentir, um sabor que
Queremos provar, é algo
Que não sabemos explicar
Mas é quase palpável
É amor disfarçado de muita coisa
São emoções guardadas bem lá no fundo
Saudades... Do que foi
E do que vai ser
Saudades
Que nos acompanha para
Diminuir a solidão
E que nos mostra, sobretudo
Que estamos vivos.
Aprendi ainda que saudades não mata.
É só quase
A gente pensa que vai morrer
Mas sobrevive sempre
Porque ela traz escondidinha nela uma outra coisa
Que chamamos de esperança
Que nos ajuda a caminhar
Porque saudades, como o amor, não é cega
Saudades vê mais além.