Um simples gesto não é o suficiente Diante de tanto amor que tenho pra ti dar. Tudo é tão bom que até parece um sonho Desses que a gente jamais quer acordar. Você entrou em minha vida por acaso Mas não foi por acaso Que nela você permaneceu. Seu nome na minha vida foi escrito pelo destino E encontrado pela sensibilidade do meu coração. As palavras não são capazes de descrever o que sinto por você. Pois esse amor é minha voz. E até a voz eu perco quando estou com você. E se os beijos não forem o suficiente pra ti fazer sentir Como é intenso e verdadeiro o meu amor O jeito mais doce que encontro É através das lágrimas do meu olhar Que escrevem te amo e sem você não posso ficar.
Vem ao baile vem ao baile
Pelo braço ou pelo nariz
Vem ao baile vem ao baile
E vais ver como te ris
Deixa a tristeza doer
As unhas de desespero
Deixa a verdade e o erro
Deixa tudo vem beber
Vem ao baile das palavras
Que se beijam desenlaçam
Palavras que ficam passam
Como a chuva das vidraças
Vem ao baile oh tens de vir
E perde-te nos espelhos
Há outros muito mais velhos
Que ainda sabem sorrir
Vem ao baile da loucura
Vem desfazer-te do corpo
E quando caíres de borco
A tua alma é mais pura
Vem ao baile vem ao baile
Pelo chão ou pelo ar
Vem ao baile vem ao baile
E verás o que é bailar.
Um filho se queixava a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ele. Ele já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansado de lutar e combater. Vivia com a impressão de que, quando um problema era resolvido, um outro surgia.
Um dia, o pai, um "chef", levou-o até a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo a água das panelas começou a ferver. Numa delas o pai colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
O filho deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Minutos depois, o pai apagou o fogo e retirou as cenouras, os ovos e o café, colocando-os em recipientes separados. Virando-se para o filho, perguntou:
– O que você está vendo?
– Cenouras, ovos e café – respondeu o filho.
O pai o trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ele obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Em seguida, o pai pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ele obedeceu e, depois de retirar a casca, verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, o pai pediu que o filho tomasse um gole do café. Ele sorriu ao provar seu aroma delicioso e, enfim, perguntou humildemente ao pai:
– O que isto significa, pai?
O pai explicou-lhe que cada um dos ingredientes havia enfrentado a mesma adversidade: a água fervendo. Porém, cada um reagira de maneira diferente. Antes da fervura, a cenoura era rígida e inflexível, enquanto o conteúdo líquido dos ovos não se sustentava por si mesmo, sendo apenas protegido pela casca. No entanto, após serem submetidos à fervura da água, a cenoura tornara-se macia. Já o conteúdo dos ovos tornou-se firme e resistente por si só. O pó de café, contudo, era incomparável: ele havia transformado a água fervente em que fora colocado. Concluindo, o pai pergunta ao filho:
– Qual deles é você? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou o pó de café?
Disse um poeta que a palavra amor é uma palavra vazia, à espera de ser preenchida por alguém. É verdade que a palavra amor só faz sentido em nossa vida quando alguém desperta em nós o sentimento. Mas o amor é um sentimento raro, com uma conjugação complexa.
Como todo verbo, o amor tem os seus tempos... passado, presente e futuro, e todas as suas condicionais. O amor é também composto, intransitivo e, às vezes, intransigente. O amor é uma palavra simples, mas com significados e sentidos muito complicados. É uma palavra curta, mas onde cabe muita coisa.
O amor é como o tempo, todos nós sabemos o que é, mas se nos pedirem para explicar não conseguimos.
Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.
Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.
O cão descobriu que o obstáculo – que era ele próprio – a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.
Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento.
Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar, mas nós somos a barreira. Nós não podemos nos desviar – quem vai desviar-se de quem? Nossa barreira somos nós e nos seguirá como uma sombra.
Esse é o ponto onde nós estamos – juntos da água, quase mortos de sede, mas alguma coisa nos impede, porque nós não estamos saltando para dentro. Alguma coisa nos segura. O que é?
É uma espécie de medo, porque a margem é conhecida, é familiar e pular no rio é ir em direção ao desconhecido. O medo sempre diz: "agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido".
E as nossas misérias, nossas tristezas, nossas depressões, nossas angústias, nossos complexos, nos são familiares, são habituais.
Nós vivemos com eles por tanto tempo e nos agarramos a eles como se fosse um tesouro. O que nós temos conseguido com isso? Será que não podemos renunciar às nossas misérias? Já não estivemos o bastante com elas? Será que já não nos mutilaram demais? O que nós estamos esperando?
Esse é o caso de todos nós. Ninguém nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como 1 semente e nós como 1 flor. Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo.
Portanto, não continuemos a jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter autopiedade. Fiquemos atentos. Abramos os olhos. Vejamos o que está acontecendo com nossa vida.
"Escolhamos certo e decidamos dar o salto."