Meu sofrimento aqui encerra
essa louca e amarga dor.
Tantos morrendo em guerra
eu morrendo de amor.
Vejo que o mundo se cansa,
de lutar e de sofrer.
e eu canso-me de esperança,
de um dia lhe esquecer.
O mundo sofre em brigar,
de matar... ou morre...
Eu sofro por amar.
O que se pode fazer?
Um escritor inglês, do século passado, conta em uma de suas obras que na praia perto de sua casa, uma coisa muito interessante podia ser vista com frequência: um navio lançando a sua âncora no mar enfurecido.
Dificilmente existe uma coisa mais interessante ou sugestiva do que essa. O navio dança sobre as ondas. Parece estar sob o poder e à mercê delas. O vento e a água se combinam para fazer do navio o seu brinquedo. Parece que vai haver destruição. pois se o casco do navio for lançado sobre as rochas, será despedaçado.
Mas observamos que o navio mantém a sua posição. Embora à primeira vista parecesse um brinquedinho desamparado à mercê dos elementos, o navio não é vencido. Qual é o segredo da segurança deste navio? Como pode resistir às forças da natureza com tanta tranquilidade? Existe segurança para o navio no meio da tempestade porque ele está ancorado! A corda à qual ele está amarrado não depende das águas, nem de qualquer outra coisa que flutue dentro delas.
Ela as atravessa e está fixada no fundo sólido do mar. Não importa quão forte o vento sopre ou quão altas sejam as ondas do mar... A sua segurança depende da âncora que está imóvel no fundo do oceano. Muitas vezes nos sentimos no meio de uma tormenta, sendo jogados pelas ondas da vida para cima e para baixo e açoitados pelo vento da adversidade.
Parece-nos, às vezes, que não conseguiremos sobreviver a determinados períodos de nossas vidas. Sem uma vida espiritual, a nossa vida é como um navio sacudido pelo mar enraivecido das circunstâncias incontroláveis da vida. Mas, confiando em Deus, experimentamos sua presença e amor como âncora da nossa vida.
Nos sentimos encorajados e esperançosos. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco.
Passo os dias olhando para um jardim que não é meu. Olho para a grama, sempre verde, mesmo quando as folhas vermelhas do outono começam a cair. Não importa as cores do jardim, a grama está verde. Na primavera, as flores enchem os olhos de quem passa de alegria, no verão a luz do sol deixa tudo mais claro e resplandecente e, mesmo no inverno, os dias gris não tomam conta de grama. Sempre que me sinto triste, vou até a janela e olho para aquele jardim. Indago-me se naquela casa não há tristeza. Será que não há um único dia em que não se esqueçam de regar a grama?
No jardim que não é meu, e onde a grama é sempre verde, há muitas borboletas. Elas estão sempre por lá. São de todas as cores, e às vezes fundem as suas asas com pétalas azuis das flores. Naquele jardim há também frutos, muitos frutos, verdes e maduros. Às vezes irrito-me porque alguns frutos caem das árvores, apodrecem e nunca são recolhidos. Mas depois, lembro-me dos pássaros bicando-os e vejo as cascas dos frutos desaparecem no solo.
Aquele jardim, tão vivo, não é meu. Naquele jardim há cor, há vida, há idas e vindas. E a grama é sempre verde. O meu jardim é um pequeno e inabitado jardim de inverno. Mas não cultivando a grama verde, nem as flores, nem as borboletas, à distância, assumo ser belo o canto dos pássaros.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
A vida é muito curta, demasiado preciosa, única e a maior das dádivas para ser levada com medo. A precaução é necessária, é claro, mas muito mais é necessária a ousadia. Sem ousar não se arrisca, sem arriscar não se inova, não se conquista, não se deixa marca.
Tome as rédeas da sua vida, ouse arriscar para poder triunfar! Se não der certo pelo menos você tentou, você foi, e no final não ficará se lamentando, sentindo arrependimento do que não fez.