Se está pensando que eu estou longe, porque me comunico por uma carta, engana-se! Você está comigo, guardada na minha pele em todos os momentos. Digo que está na atmosfera que me envolve, e sou sincero ao dizer, que você é o oxigênio do ar que eu respiro.
Eu te amo tanto que se você me faltar não vou poder viver, já que te considero essencial para minha vida. É triste estar aqui escrevendo no Dia dos Namorados, pois meu desejo era estar contigo, trocando juras, beijos e carícias.
Mas como disse no início, eu não estou longe de ti, estou ainda mais próximo, sabendo que entre nós só habita um tipo de sentimento. Queria estar aí, percorrendo as linhas delicadas de seu rosto e seus sedosos cabelos com a ponta de meu dedo, te beijando com todo o amor.
Que todo este sentimento que temos um pelo outro, continue sempre crescendo, para que só coisas boas frutifiquem desse nosso feliz encontro, dessa prazerosa necessidade de estarmos juntos. Querida, quero que você também perceba, na água que mata sua sede e no vento que refresca sua pele, todo o amor que nos envolve.
No Dia dos Namorados o sentimento se multiplica e nos coloca próximos, embora estejamos distantes. Um beijo apaixonado!
Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos...
Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos... Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas...
Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon..." Tudo danado de bom!
Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la... Chorava quando arranhavam seus brinquedos: aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindaste, tratores e furgões.
Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes em um futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.
Onde ela está? Para que lado ela foi? Quem a vir, que venha nos falar... Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda".
Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós... Deixe-a sair, brincar e sonhar... Uma das poucas coisas que ainda Podemos fazer sem ter de pagar impostos!
Meu amor, é maravilhoso pensar em todas as coisas que temos vivido juntos. Parece que fomos feitos um para o outro, pois estar ao seu lado é das sensações mais maravilhosas que já conheci. Não troco esta nossa cumplicidade por nada deste mundo.
Tenho certeza que o tempo pode passar e muitas coisas entre nós podem mudar, mas aquilo que sinto por você jamais mudará. Eu quero que esta nossa união permaneça fiel ao que tem sido e que sobretudo prevaleça para sempre.
Os tempos mudaram e as mulheres conquistaram mais espaço no mundo. Mas isso não significa que ser mulher se tornou mais fácil. Muitas vezes, ter mais opções ou acumular papéis torna a vida mais complicada. A mulher de 30 anos de hoje, a famosa balzaquiana, é muito diferente da mulher de 30 anos de algumas décadas atrás.
Apesar de muitas mulheres ainda projetarem sua felicidade no casamento e construção de uma família, esses planos ficaram para mais tarde. As mulheres descobriram que podem aproveitar a vida sozinhas ou muito bem acompanhadas, antes de subirem ao altar.
Fazer uma faculdade, começar uma carreira, fazer uma viagem ao exterior com as amigas, comprar o primeiro carro, fazer uma pós-graduação, financiar um imóvel, se apaixonar pelo homem errado, morrer de amores e continuar viva... Tudo isso são conquistas femininas!
Nos dias de hoje, tudo isso pode parecer bobagem, mas para as nossas avós e mães balzaquianas, isso era transgressor. Mas foi graças às gerações passadas que conquistamos o direito de ir e vir, de sermos livres para errar, errar até um dia acertar. E viva as conquistas femininas!
As lágrimas
que caem dos meus olhos
são como folhas despencando
de uma árvore no outono.
Perceptível para quem está próximo,
mas insignificante para o mundo.