O orgulho no amor é como uma competição, em que ambos saem perdendo...
Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.
Certa vez, o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado havia alguns anos e que agora falavam em separação.
O sábio, percebendo que os dois se amavam, não viu motivo para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso. Então, presenteou-os com uma planta e disse:
Esta é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar.
Assim foi feito: o casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando ansiosamente a sua morte.
Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.
A planta sensível era, na verdade, a relação dos dois. O amor era forte o suficiente a ponto de acordá-los em plena madrugada. Mas então o que estaria ameaçando aquela união? O orgulho.
O orgulho nos impede de pedir perdão. O orgulho não nos deixa perdoar. O orgulho não nos deixa dizer que ainda amamos
Quando menino eu vivia brigando com Beto, meu melhor amigo Beto. Um dia, quando corri para casa e procurei mamãe para queixar-me. Ela me ouviu e disse o seguinte:
- Vai buscar a sua balança e os blocos.
- Mas, o que tem isso a ver com o Beto?
- Você verá, Vamos fazer uma brincadeira. Primeiro vamos colocar neste prato da balança um bloco para representar cada defeito do Beto. Conte-me quais são.
- Fui relacionando-os e certo número de blocos foi empilhado daquele lado.
- Você não tem nada mais a dizer? Eu não tinha e ela propôs: Então você vai, agora, enumerar as qualidades dele. Cada uma delas será um bloco no outro prato da balança. Ele não deixa você andar em sua bicicleta? Não reparte o seu doce com você? Ela foi colocando os blocos do outro lado. De repente eu percebi que a balança balançava. Mas vieram outros e outros blocos em favor do Beto.
Dei uma risada e mamãe observou:
Você gosta do Beto e ficou alegre por verificar que as suas boas qualidades ultrapassam os seus defeitos. Isso sempre acontece, conforme você mesmo vai verificar ao longo de sua vida.
E de fato. Através dos anos aquele pequeno incidente de pesagem tem exercido importante influência sobre meus julgamentos. Antes de criticar uma pessoa, lembro-me daquela balança e comparo seus pontos bons com os maus.
E, felizmente, quase sempre há uma vantagem compensadora, o que fortalece em muito a minha confiança nas pessoas.
Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre:
- Pôr que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Pôr que estou me sentindo assustado agora?
O Mestre falou:
- Espere. Quando todos tiverem partido, eu responderei.
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:
- Agora você pode me responder pôr que me sinto inferior?
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior:
- Pôr que me sinto inferior diante de você? Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.
O samurai então argumentou:
E o Mestre replicou:
Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer outro, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.
Simplesmente olhe à sua volta.Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único.Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença.
Tudo é expressão igual de vida!
Bem-aventurado o amigo que leva o outro
a comungar o Cristo e teme ao Senhor.
Bem-aventurado o amigo que encaminha o outro
para o encontro com o Cristo.
Bem-aventurado o amigo que sabe elogiar,
que não vê apenas os defeitos, tampouco encobre os erros do outro.
Bem-aventurado o amigo adquirido na provação,
pois será como um irmão.
Bem-aventurado o amigo fiel, poderosa proteção,
tesouro descoberto, remédio de vida.
Bem-aventurado o amigo que sabe calar
e sabe falar no momento oportuno.
Bem-aventurado o amigo de palavras virtuosas,
pois os preceitos do Altíssimo são a sua conversa.
Bem-aventurado o amigo que abraça e chama a atenção do outro,
respeitando sua consciência e sua liberdade.
Bem-aventurado o amigo que age como luz para guiar,
mas que deixa o outro decidir.
Bem-aventurado ainda o amigo que sabe perdoar e pedir perdão
e que não cala diante da calúnia ou da injustiça contra o outro.
Bem-aventurado sempre será o amigo que discretamente
sabe precisar do outro, sem se aproveitar dele.
Bem-aventurados eternamente os amigos
que doam sua vida pelos outros, por amor.
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.