Tudo o que contigo eu vivi, sei que a muito sou amado;
Quero novamente acordado e intenso;
Sem pensar nos defeitos de um perverso passado.
Aquele amor que me fez nascer, um sentimento puro e belo.
E só pensar em uma mulher, mas não apenas como um objeto;
Como quem tornou-me um ser, completo em ambos aspectos.
Completo de felicidade, prazer e sentimento honesto;
Nele tudo o que eu fiz de bom, em nada me arrependo;
É um todo em minha vida, velejando contra o vento.
Em nada avistava o medo, só o de perder aquela mulher.
Um sentimento que me tomou, e a muito fez- me bem;
Nele eu vivo cada minuto sem pensar em outro alguém.
O que me fez viver, para amar uma mulher só;
Um alguém que me amou, me ama, e no meu peito deu um nó.
Meu gozo mais lindo no mundo, que no meu coração vive, e só.
Um dia você vai procurar no infinito e verás apenas uma estrela dizendo que fui embora.
Pedirás a ela que lhe mostre o caminho, mas será inútil, pois apagarei minhas pegadas com a minha dor, mas não quero esquecê-lo para que eu lembre que esse amor terá que morrer no passado.
Um dia a saudade ferirá seu peito, não que ainda tenha sido importante para você, mas porque fui inútil na sua vida.
E quando precisar de alguém nos momentos decisivos de sua vida, encontrarás apenas o vazio. Certamente lembrarás de mim, e seus olhos impressivos chorarás lágrimas de sangue.
Um dia buscará minha poesia no pôr-do-sol e no despertar da lua, mas encontrarás apenas o silêncio e perguntarás: onde estás?
E respostas não terás, porque até mesmo a natureza se negará a dizer.
Um dia quando os seus sonhos forem derrubados pela incompreensão, sentirás no peito a flecha do arrependimento por não ter amado quem muito te amou.
A verdade é que um dia sentirás minha falta, mas será inútil chorar, pois suas lágrimas não me trará de volta, porém, farei delas um rio e navegarei para longe do porto onde estiveres.
Deixarei apenas a saudade para que ela te acompanhe onde andares. E ela lhe mostrará o quanto minha presença lhe faz falta.
Quantas vezes já deixou de expressar alguma emoção por ser desaprovada pela sociedade ou por achar que a pessoa envolvida poderia ficar magoada? Quantas vezes já negou um sentimento apenas para poupar uma pessoa querida ou por vergonha do que estava sentindo?
Isso é muito mais comum do que você imagina, esconder emoções faz parte do dia a dia de muita gente e acontece de forma tão intuitiva que se não pararmos para pensar, continuamos agindo desta forma eternamente.
Mas será que ocultar o que verdadeiramente se passa dentro da gente pode trazer esses benefícios que motivam essas situações? A curto prazo pode ser que sim, mas ninguém consegue esconder nada nessa vida por muito tempo.
Mais cedo ou mais tarde, alguma atitude inesperada pode dar o controle ao nosso subconsciente e nos fazer revelar tudo o aquilo que estava escondido. E isto pode acontecer de tal forma que acaba com tudo o que foi preservado inicialmente com o disfarce.
Para além dos que estão envolvidos, o mais prejudicado é sempre aquele que não libera seus sentimentos. Não é nada saudável reprimir o que se está sentindo, pois da mesma forma que permanece guardado alguma hora ele será liberado e nem sempre é da maneira que pretendemos.
O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Ainda sou o mesmo de antes, aquele que te enviava flores acompanhadas a um lindo cartão.
Ainda sou aquele que te abraçava e na despedida te beijava sussurrando: Amor! Vou, mas deixo em ti meu coração.
Ainda sou aquele que contigo sorriu e muitas vezes também chorou. Ainda sou aquele que colhia flores orvalhadas e nas aconchegantes madrugadas, tanto te amou.
Ainda sou aquele que em teu coração fecundou o amor e que te fez alegre e sorridente, diante dos olhares deslumbrados de tanta gente.
Ainda sou aquele que te mostrava a estrela guia, despetalando o bem-me-quer e que em tantas noites, abriu-te o coração ao amor, te fazendo mulher.
Ainda sou... Sim amor! Ainda sou aquele que sempre te amou.