Quando a gente se encontrar
E eu, de repente me calar
Sossegue amor!
É que meu coração quer ouvir o seu
Assim, tão perto do meu
Não estranhe
Mesmo que haja muito o que dizer
Deixe o silêncio nos envolver
Quero abraços longos e apertados
Apaixonados
Quero beijos de amor sem fim
Você, assim, grudado em mim
Se eu não falar nada
É porque tudo o que tenho a dizer
Você já deve saber
Então, deixemos que o silêncio seja eloquente
E fale tudo pra gente
Sinta apenas meu toque
Minha respiração
O pulsar do meu coração
Seja apenas... amor
Calor
Torpor
Magia
Fantasia
Se eu me calar
É porque tudo que mais quero nesta vida
É somente te amar
Nos gritos dos silêncios
Nos gestos impensados
Nas mãos que se fecham nos aproximando ainda mais
Nos olhos desesperados pelo seu olhar
Na boca doida pra te beijar
Ah... amor... se eu me calar
Sossegue
Só quero aprender a te amar!
O que eu escrevo não importa mais. Não importa o quanto eu fale da minha paixão, se não é mútua. Não importa o quanto eu descreva a beleza dos teus olhos, se eles nunca enxergaram os meus. Não importa o quanto eu admire o seu sorriso, se nunca fui a razão de um. Não importa o quanto eu fantasie o toque das tuas mãos, sendo que as mesmas jamais tocarão as minhas. Não importa o quanto eu tente te esquecer, se você sempre aparece em cada sonho, em cada pensamento antes de dormir, em cada nota de música e em cada cantinho dentro de mim.
Saber que superou a doença que estava batalhando foi uma alegria muito grande. Parabéns pela cura! Você deve sentir orgulho e satisfação, essa vitória também é sua, pois você nunca se deixou abater pela doença, nem se deixou levar pelo desânimo.
Você acreditou, lutou com garra e manteve esperança, e hoje colhe os frutos positivos dessa luta. Agora desfrute da vida e agradeça por ela todos os dias, e por todas as outras bênçãos com que Deus presenteia você diariamente.
Ao despertar pra vida percebi que precisava fugir dos desterros desse mundo enganador. Então, passei a percorrê-lo sem rumo e sem saber para onde estava indo ou onde iria chegar. Mas, ao descobrir que a opção de fugir não me levaria a lugar nenhum, tampouco encontraria lugar para esconder a minha solidão, resolvi parar.
Houve momentos que pensei em sumir no tempo e procurei abraço quente para me aquecer, mas o frio da solidão me perseguia por donde quer que eu fosse, e como uma geada das noites de inverno invadia meu corpo sem chance alguma de defesa congelando minha alma agonizante.
Certo dia, em transparência avistei surpreendido um contorno que me seduziu ante sua simplicidade, catatônico permaneci à frente daquela miragem que abriu os braços convidando-me a um aconchegante abraço.
Então percebei ter encontrado o meu refúgio donde jamais imaginei encontrar. Passei então a entender, quanto tempo desperdicei a procura de algo que sempre esteve tão próximo de mim, mas ao sentir aquele singelo abraço nunca tido antes, percebi o verdadeiro gosto quente do abraço mais forte que alguém poderia sentir, daqueles que chega a impregnar a alma saciando todas as vontades e evaporando as ansiedades.
Daquele homem antes sem rumo, sem saber para onde estava indo, voltando ou chegando, passei a ser amado, por que, aquele vulto foi auto-suficiente para meu ser, seu abraço foi único e inesquecível, fez da minha vida algo que nenhum outro ser poderia fazer, o poder foi tão imenso que até hoje está arraigado em minha alma, simplesmente, por ser aquele vulto, a sombra da imagem do único santo que faz o impossível acontecer neste mundo, que também, é conhecido por todos como Jesus Cristo.
A cansada ex-professora se aproximou do balcão do supermercado. Sua perna esquerda doía e ela esperava ter tomado todos os comprimidos do dia: para pressão alta, tonteira e um grande número de outras enfermidades.
- Graças a Deus eu me aposentei há vários anos – ela pensou. – Não tenho energia para ensinar hoje em dia.
Imediatamente antes de se formar a fila para o balcão, ela viu um rapaz com quatro crianças e uma esposa, ou namorada, grávida. A professora não pôde deixar de notar a tatuagem em seu pescoço. - Ele esteve preso – pensou.
Continuou a observá-lo. Sua camiseta branca, cabelo raspado e calças largas levaram-na a conjeturar: - Ele é membro de uma gangue.
A professora tentou deixar o homem passar na sua frente. - Você pode ir primeiro – ofereceu.
- Não, a senhora primeiro – ele insistiu.
- Não, você está com mais gente – disse a professora.
- Devemos respeitar os mais velhos – defendeu-se o homem.
E, com isto, fez um gesto largo indicando o caminho para a mulher. Um breve sorriso brilhou em seus lábios enquanto ela mancou na frente dele. A professora que existia dentro dela não pôde desperdiçar o momento e, virando-se para ele, perguntou:
- Quem lhe ensinou boas maneiras?
- A senhora, Sra. Simpson, na terceira série.