Desculpa por não ser
quem você gostaria que eu fosse
Desculpa por muitas vezes te fazer chorar
Por ser grosso, estúpido,
e não pensar em ti nas decisões
Desculpa por ser "isso" que sou
Desculpa por te amar de um jeito diferente
Desculpa também por muitas vezes
não demonstrar o quanto te amo
E é por isso e muitos outros motivos
que penso muitas vezes que não te mereço
E peço que pense bem no que quer
E se eu faço parte desse querer
Desculpa por te amar demais e não mostrar
Desculpa por não valorizar o que você gosta
Desculpa por não te dar tudo que quer
Te Amo
Frederico II., da Prússia, além de extraordinário estadista, conseguiu também ser muito amado pelo seu povo, em virtude da sua singular popularidade. Certo dia, trajando-se como qualquer cidadão comum, encaminhou-se para uma prisão militar a fim de visitar os encarcerados, e fez absoluta questão de falar com cada detento em particular e a cada um dirigiu a mesma pergunta, demonstrando também o mesmo interesse em ouvir:
– Qual é o motivo que o trouxe para cá e qual é a sua sentença? – indagava.
Escutou pacientemente a resposta de cada um e acabou desanimado com o que ouviu. Quase toda a população carcerária apresentou, de uma ou de outra forma, a sua inocência – vítima de falsos amigos, engano das testemunhas, erro judiciário e assim por diante. Terminado o período de visitas, enquanto se retirava, ele viu, debruçado na grade, um homem triste e visivelmente arrasado. Para ser justo, dirigiu-lhe também a mesma pergunta, que vinha fazendo a todos os demais, ao que o homem respondeu:
– Desde bem criança fui rebelde e indisciplinado. Com isso fiz sofrer demais os meus velhos pais. Tornei-me homem, porém, nunca enfrentei o trabalho dignamente. Assim, para sobreviver eu comecei a roubar e, então, de erro em erro não me permiti amadurecer nem raciocinar e me firmar em um caminho seguro. até que, preso por furto e vadiagem, vim parar na prisão.
Consciente dos seus erros premeditados e cultivados, aquele homem assumiu a sua culpa, concluindo a conversa com esta confissão:
– Minha vida está arruinada por minha própria culpa e agora eu sofro com justiça a punição dos erros cometidos. Olhe, moço, eu bem quisera ter a oportunidade de poder começar minha vida de novo, e então, tudo haveria de ser diferente, porque a começaria pela dignidade e pelo respeito próprio. Mas, nem sei se tenho o direito de sonhar com isso...
Naquela mesma hora, Frederico II. ordenou a sua libertação, dizendo: – Ainda poderemos esperar alguma mudança. Os outros têm que ficar! Procurar justificar as falhas inocentando-se de qualquer culpa foi o que Adão e Eva já fizeram, logo de início, lá no Éden.