Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.
Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto.
Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Um professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.
Quase todas as bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa era a seguinte: Durante uma semana os alunos tinham que levar a bolsa com as batatas para todos os lados.
As batatas foram apodrecendo naturalmente com o tempo. O fato de ficar atento à bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, fazia com que os alunos deixassem de prestar atenção a outras coisas que eram importantes para eles. O incômodo de carregar a bolsa, o tempo todo, acabou mostrando o tamanho do peso que tem a mágoa.
Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o estresse e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar esses sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma. Para não carregar essa bolsa cheia de mágoas, jogue fora suas "batatas" e deixe o ressentimento de lado. Faz bem para você, para a vida e para quem está perto de você.
Para em seu rosto, minhas mãos deslizarem,
A te acariciar.
Fitar seus olhos e fechá-los com simples beijos,
Selando-os, com o carinho que me invade e, enlouquece-me.
Quero Você Agora...
Difícil controlar minha alma...
Coração, corpo, te desejam.
Difícil esperar o tempo certo.
Difícil não poder sentir os beijos molhados,
Difícil não sentir-me sua e, juntos saciarmos nossos desejos.
Difícil sentir nossos corpos clamar sua união..
Quero você agora...
Para ouvir você dizer Eu te Quero.
Diga-me...
Quero...
Você agora.
A vida é um copo cheio de veneno
a goles diários
nos rendemos
nos matando, lentamente
desconfortavelmente
a dor me entrego
a dor de amar, sofrer, desejar e crer
Não sei se eu creio
só creio na agonia
pois sei que o copo
permanece cheio
esvaziar o copo
acabar com a agonia
deixar a vida
me dedicar a sorte
e me entregar a morte!
Se aprende a amar não quando se encontra a pessoa perfeita, e sim quando se aprende a crer na perfeição de uma pessoa imperfeita.