Agradeço muito, meu Deus, por tudo aquilo que me dás. Todos os dias eu sou abençoado com vida, com momentos de alegria e a companhia de pessoas que amo. Sinto que tenho mais que aquilo que mereço e isso prova a bondade e a misericórdia do teu coração.
Eu sou grato pelas coisas simples e pelas maiores que fazem diferença na minha vida. Por isso, quero seguir teus caminhos, pois somente eles representam paz, vida e felicidade.
Quem disse que por de trás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um coração moleque querendo brincar?
Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar?
Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar?
Quem foi que pensou, que aqueles pés enormes, não deslizam suaves na calada da noite, para o sono do filho velar?
Quem é que achou que no fundo do peito largo e viril não tem um coração de pudim, quando o filho amado, com um sorriso largo se põe a chamar?
Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos não sabe da vida para querer me ensinar?
Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo! Feliz dia dos pais, meu PAI.
Não é necessário ter boa aparência, ter mais conhecimento ou nível social. É preciso ter sorriso largo, amor no olhar e verdade ao sentir. É preciso ter humildade e principalmente, coração aberto. Porque somos grandes, quando somos pequenos.
Nossa amizade jamais terá fim, porque Jesus está nos abençoando, nos zelando e olhando por nós.
Depois que eu te encontrei, meu coração já não se senti só.
Na alegria ou na dor, vou contigo a onde você for.
Fazer você sorrir é o meu maior prazer.
Nada nunca vai mudar o que eu sinto por você.
Você é o amigo que eu pedi a Deus!
Elas se amontoaram diante da porta – duas crianças abandonadas em sujos casacos.
- Tem algum papel velho, senhora?
Eu estava ocupada. Eu quis dizer não – até que eu olhei para seus pés. Pequenas e gastas sandálias, ensopadas com a chuva. - Entrem e eu farei uma xícara de chocolate quente para vocês.
Não houve nenhuma conversa. Elas deixaram as marcas das sandálias encharcadas sobre a soleira e todo o chão da sala.
Eu as levei até a cozinha e lhes servi chocolate quente e torrada com geleia tentando fortalecê-las contra o frio do lado de fora.
O silêncio na cozinha me atravessava. A menina segurava a xícara vazia em suas mãos. O menino perguntou, - Senhora... Você é rica? - Se eu sou rica? Com certeza, não!
Eu olhei para minha surrada toalha sobre a mesa. A menina colocou sua xícara de volta ao pires – cuidadosamente. - Sua xícara combina com seu pires. Ela disse com uma voz velha, com uma fome que não era do estômago.
Então as crianças partiram, levando seus pacotes de papéis velhos contra o vento. Elas não disseram obrigado. Não precisavam. Elas tinham feito mais que isto.
Eu fritei minhas batatas e terminei o molho de carne. Batatas e molho de carne... Um teto sobre nossas cabeças... Meu marido com um bom e estável emprego. Estas coisas combinavam, também.
Coloquei as cadeiras no lugar, apaguei o fogo e arrumei a sala. As impressões barrentas de pequenas sandálias ainda estavam pelo chão. Eu as deixei lá.
Eu quero que as marcas estejam lá para o caso de eu me esquecer novamente do quanto sou rica.