Não queira me dar lição de moral...
Você não pode...
Não entende nada,
Não sabe nada de sentimentos,
Você nunca sentiu a verdadeira confusão
Que eles provocam em sua cabeça,
Em seu coração
É apavorante,
Quando você quer alguma coisa,
Mas não quer, tem medo dela
É difícil explicar a sensação,
Quando tudo se torna complicado,
Não se tem mais certeza de nada
Não consegue tomar decisões
Tem medo de se arrepender de tudo.
Com você foi assim...
Eu estava e ainda estou
Passando por uma fase difícil.
Fiz coisas erradas,
Mas a culpa não é minha.
Não sei, ou não sabia o que eu queria direito,
Estava muito confusa,
Com feridas abertas...
O sangue ainda escorria,
Muito frágil para qualquer coisa que pudesse acontecer.
Sei que te magoei,
Mas já demonstrei que estou arrependida,
Queria tanto que me entendesse.
Eu sei o quanto dói quando alguém de quem a gente gosta nos magoa,
Mas queria poder passar remédio nesse corte.
Tente me entender...
Nunca quis que você sofresse,
Você não merece,
Não de mim.
Mas de que adianta todas essas explicações,
Se o que eu atingi na verdade,
Foi o seu ego masculino,
E não o seu coração...
Você nunca vai entender,
Não vale a pena explicar,
Você não está nem ai pra mim...
E ainda ia me chamar de idiota.
Eu preciso de estar junto! A vida não tem o mesmo paladar sem você, meu amor. E não aceito "não" como resposta! Sim, porque seu coração quer o mesmo que o meu: voltar. Eu sei que não estamos bem separados, longe um do outro.
Não tem mais essa coisa de ex! Por favor, eu sei o quanto nos queremos e o quanto desejamos continuar nossa linda história de amor! Estou oferecendo minha mão para você, meu amor! Por favor, não fale "não"!
Aos meus queridos alunos eu quero desejar um Natal abençoado por muito amor e muita paz! Que cada um celebre esta época rodeado pelo conforto e pelo carinho daqueles que mais ama, e que não faltem os presentes e uma mesa recheada.
Mas não esqueçam, meus queridos, que o mais importante é viver o espírito natalino da paz, do amor, do perdão, e deixar esses e outros bons sentimentos renascerem e permanecerem no coração.
Feliz Natal!
A festa é para uma só pessoa. Você tem agora todo o tempo do mundo. Porque, se você não tiver todo o tempo do mundo, não adianta. (Se você tiver pressa vá fazer outra coisa!) Então arrume a mesa para um, como se fosse a própria Babette.
Um prato, um talher, um guardanapo de linho. A flor que você trouxe, num vasinho de cristal ou numa garrafa vazia de qualquer coisa, tanto faz.
Mas é indispensável a flor ao lado da vela. Todas as outras luzes apagadas. Acenda outro incenso, se quiser. Baixe o volume da música. Nenhuma possibilidade de que possa haver interrupção a essa liturgia de amor.
Nenhuma possibilidade de que possa haver intervenção do horror. Toda a atmosfera envolve então teu corpo e o consagra. A alma, o vinho, o silêncio. Você está com a consciência à flor da pele: seria capaz até de ouvir a tosse de uma mosca. O ar fresco que penetra pela janela e levanta um pouco a cortina. Um cachorro que late lá na rua, na esquina.
Você se lembra de certas coisas que estão longe, e de outras que estão perto. Pega o talher mais delicado como pegasse um violino, e começa a comer, sem pressa alguma.
Sem barulho. Mastiga demorado, sente o gostinho real do que logo fará parte do teu corpo, do teu sangue. E bebe o vivo, também sem pressa, como se estivesse deitada num altar, olhando você mesma no teto da Sistina.
Parte do texto infinito jantar
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinícius de Moraes