Terminaram os abraços sentidos, os olhares de afeto, as palavras de conforto. Entre nós terminou o contato físico! Não é fácil, avô! É duro aceitar que você partiu sem dar um "até breve", um "adeus".
Na verdade, toda despedida é cruel; ela vem carregada de saudade e mágoa com os destinos da vida, mas chega a hora de aceitar. É isso que estou fazendo, com a esperança de um reencontro muito caloroso. Até um dia, vovô!
Confiei meu coração a quem não soube cuidar dele. Quando percebi realmente que estava enganada, já era tarde demais para curar as feridas que essa grande decepção causou em mim. Mesmo assim, eu me levantei e estou agora mais forte que nunca.
A vida continua e temos de aprender a superar as atitudes das pessoas que não merecem nossa confiança. Vou cuidar da minha felicidade e lutar por ter a meu lado apenas quem se importa realmente comigo.
Felicidade não é o resultado de condições favoráveis. Felicidade vem da maneira com que você reage diante das dificuldades da vida.
Há pessoas que têm toda razão para estarem miseravelmente tristes, mas ainda assim vivem com felicidade e prazer.
A todos instantes você é desafiado a vencer obstáculos. Diversas vezes na sua vida pessoas importantes o desapontaram, rebaixaram, falaram injúrias e mentiras. Mesmo assim você deve sorrir e vencer.
Felicidade de verdade não vem da ausência de problemas, vem da superação das dificuldades. Felicidade não é apenas uma reação, é uma escolha que você faz para a sua vida.
Em todo instante da vida há lugar para ser feliz.
Querida Mãe,
Daria o mundo para conhecer o interior do seu coração, porque o que ele exterioriza já é belo demais. Você sempre foi o amor da minha vida; a paixão louca, a vida em fogo.
Jamais seremos unidos pelo sangue, mas sempre nos vamos amar incondicionalmente. E isso é o que mais me emociona: o amor verdadeiro e sem preço! Desejo que a vida continue sendo sua grande amiga. Adoro você, mamãe!
Das profundezas do sono,
Ao subir a escada em espiral do despertar,
Murmuro:
Deus! Deus! Deus!
És o alimento, e ao romper o jejum
da separação noturna entre nós,
Sinto o teu sabor e digo mentalmente:
Deus! Deus! Deus!
Não importa onde eu vá, o farol de minha mente
Sempre se volta sobre Ti,
E no fragor da batalha da atividade
meu silencioso grito de guerra é sempre:
Deus! Deus! Deus!
Se ruidosas tormentas de provas gritam
E a inquietação uiva junto a mim,
Abafo seus ruídos cantando em voz alta:
Deus! Deus! Deus!
Quando a mente tece sonhos
Com os fios da memória,
Nesse tecido mágico faço estampar:
Deus! Deus! Deus!
Todas as noites, quando o sono é mais profundo,
Minha paz em sonhos chama: Alegria! Alegria! Alegria!
E a alegria vem cantando sempre:
Deus! Deus! Deus!
Despertando, comendo, trabalhando, sonhando, dormindo,
Servindo, meditando, cantando, amando divinamente,
Minha alma sussurra o tempo todo, sem que ninguém ouça:
Deus! Deus! Deus!
Yogananda