Se você é pobre, trabalhe.
Se é rico, trabalhe.
Se está sob o peso de responsabilidades aparentemente injustas, trabalhe.
Se você é feliz, continue a trabalhar.
A preguiça dá lugar a dúvidas e receios.
Se a tristeza o esmaga e as pessoas amadas não parecem sinceras, trabalhe.
Se tiver decepções, trabalhe.
Se a fé titubeia e a razão falha, trabalhe.
Quando os sonhos estão desfeitos e as esperanças parecem mortas, trabalhe.
Trabalhe como se sua vida estivesse em perigo.
O perigo existe mesmo...
Seja qual for seu problema, trabalhe.
Trabalhe fielmente e trabalhe com fé.
O trabalho é o maior remédio material que existe.
O trabalho cura, tanto os sofrimentos mentais como físicos.
Um rico fazendeiro chamado Carl frequentemente cavalgava em torno de sua vasta propriedade, congratulando a si mesmo por sua grande riqueza.
Um dia, em uma destas cavalgadas, viu Hans, um velho arrendatário. Hans estava sentado sob uma árvore quando Carl passou. À inquisição de Carl, Hans respondeu, – Estou apenas agradecendo à Deus por meu alimento.
Carl protestou, – Se isto fosse tudo o que eu tivesse para comer, eu não me sentiria tão grato.
Hans respondeu, – Deus me deu tudo o que necessito, e sou grato por isso.
O velho e pobre fazendeiro ainda acrescentou, – É estranho você passar por mim exatamente hoje, porque eu tive um sonho na noite passada. Em meu sonho uma voz me disse que o homem mais rico do vale morrerá hoje à noite. Eu não sei bem o que significa, mas acho que eu tinha que lhe contar.
Carl gritou, – Sonhos são absurdos!
E num galope enfurecido, se afastou. Mas não conseguia esquecer-se das palavras de Hans: "o homem mais rico do vale morrerá hoje à noite".
Era, obviamente, o homem mais rico do vale, assim convocou seu médico até sua casa. Carl contou ao médico o que ouvira de Hans. Após um exame completo, o médico disse ao rico fazendeiro, – Carl, você está tão forte e saudável quanto um jovem cavalo. Não há como você morrer esta noite.
Por garantia, o médico ficou com Carl, e jogaram cartas durante a noite. Na manhã seguinte o médico se foi após Carl desculpar-se por lhe dar tanto trabalho apenas baseado em um sonho de um velho.
Por volta das nove horas da manhã, um mensageiro chegou à porta de Carl. – O que quer? Carl perguntou.
O mensageiro explicou, – É para trazer-lhe notícias sobre o velho Hans.
Ele morreu durante o sono nesta última noite.
Eu, peregrino. Ele o caminho.
Eu, a pergunta. Ele a resposta.
Eu, a sede. Ele a fonte.
Eu, tão fraco. Ele a força.
Eu, as trevas. Ele a luz.
Eu, o pecado. Ele o perdão.
Eu, a luta. Ele a vitória.
Eu, o inverno. Ele o sol.
Eu, doente. Ele o milagre.
Eu, o grão de trigo. Ele o pão.
Eu, a procura. Ele, o endereço.
Meu passado e meu presente em suas mãos.
Meu futuro todo dele.
Eu, no tempo... E Cristo a eternidade.
Às vezes nos perguntamos qual a razão pra tanta tristeza ou pra tamanha felicidade...
Até ontem eu não sabia...
Mas foi prestando atenção nos acontecimentos que pude perceber...
Que a tristeza se fazia todas às vezes em que eu olhava ao meu redor e via milhares de pessoas ao meu lado e eu me sentindo sozinho... e que a felicidade se fez a partir do momento que passei a olhar a vida de outro ângulo...
Que passei a olhar a vida através dos seus olhos...
que vi meus sorrisos correspondidos...
e que as lagrimas que corriam do meu rosto agora eram de felicidade...
Por ter te reencontrado... por ter me reencontrado em você... por você existir... por ver meu mundo se encher de luz simplesmente porque você sorriu pra mim...
Tocou-me... me fez um carinho...
e sentir minhas energias serem recarregadas com um abraço seu...
e vi com tudo isso que a vida é simples assim... que mais uma vez ficou provado que a palavra "amor" é simples de se escrever... mas muito poderosa de se sentir...
Obrigado por você existir pra mim...
Te amo...
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa