Brigamos, discutimos, choramos.
Reconciliamos, conversamos, choramos.
Sentimos ciúmes, brigamos, choramos.
Conversamos, trocamos olhares, nos abraçamos.
Sentimos saudades, choramos, nos beijamos.
Nos abraçamos, nos beijamos, choramos.
Mais sabe, sempre estamos juntos.
Nós não somos nada,
Somos apenas mais um em um
mundo com mais
milhões iguais a nós,
Nós mal somos vistos e raramente somos lembrados,
E você?
O que faz para ser especial? Para ser diferente de milhões?
Pare! Pense!
Só que procure ser visto ou lembrado pelo que você é, não pelo que os outros
queiram que seja ou que faça.
A questão não é ser visto, mais sim não ser
esquecido.[...]
Viver é um desafio diário. A vida não nos dá trégua, não importa o momento pelo qual estamos passando, o mundo não vai parar para esperar que nós recuperemos o fôlego.
O trem continua andando e nós não podemos ficar para trás, ainda que em muitos momentos apenas tenhamos a vontade de contemplar a paisagem e deixar o trem partir por entre as montanhas.
É verdade que em alguns momentos precisamos recuar. Andar mais devagar, mas se paramos somos atropelados. O mundo exige de nós que sejamos fortes, mas isso não significa ser duros, nem com a gente e nem com os outros. É preciso encontrar um meio termo, nem muito ao céu e nem muito à terra.
A nossa saída, em muitos momentos, é aprender a ouvir o nosso coração. É ele que dá a nós o ritmo da vida. Em alguns momentos é preciso fazer silêncio para saber que passo dar, em qual estação do trem descer e como continuar a viagem.
É andar na rua de mãos dadas com ela e todo mundo olhar pra gente sorrindo.
É estar com preguiça e pedir que ela experimente a calça que você gostou pra ver se veste bem.
É esperar que ela pinte ou corte o cabelo para ver se fica bom e então você vai lá e imita (se ficar bom, claro?).
É chamar ela pra tomar um cafezinho em qualquer esquina e saber que ela vai topar na hora!
É precisar urgentemente de uma foto 3×4 e nem precisar sair pra providenciar pois ela tem uma e você vai usar.
É ficar uma ao lado da outra de frente pro espelho e indagar: a gente nem é tão parecida assim, né?
É ao mesmo tempo pegar uma foto e por alguns segundos achar que você é ela.
É amar as filhas dela como se fossem minhas e ter a certeza que a recíproca é verdadeira.
É sofrer e sorrir juntas.
É entrar num elevador cheio e ter acessos de risos de quase fazer pipi
É um gesto que só ela entende.
É dizer que não quero vê-la mais na minha frente e no momento seguinte ligar pra ela como se nada tivesse acontecido.
É criar uma poltrona com mil combinações e saber depois que ela estava pensando na mesma coisa.
É tentar acalmá-la e ela tentar me colocar no chão (ela é ligadíssima e eu desligadíssima).
É ter alguém que te entende muito e que faz qualquer coisa pra te ver feliz.
É saber que não adianta disfarçar?ela sabe quando tem algo de errado com você.
Ser gêmeo é um privilégio que somente nós (gêmeos) entendemos.
É nos confundirem o tempo todo mas tudo bem!
É (agora a parte chata) ouvir: ?você é você mesma ou é a outra?cara de uma focinho da outra?Ruth ou Raquel? (lembram da novela do Tonho da Lua?)
É passar por antipática por não cumprimentar alguém que passou na rua e te deu um oi super simpático.
Ser gêmeo é já nascer com seu melhor amigo.
É saber que alguém sabe mais de você do que você mesma.
É viver num mundo paralelo próprio.
É conversarmos por telepatia.
É termos a absoluta certeza de que nunca estamos sós.
Feliz Aniversário, querida irmã!
Para aquele paizão especial que sempre me deu uma mãozinha, uma mãozona, as duas mãos por completo, quero agradecer por todas as vezes que você me levantou, por todos os horizontes que abriu, enfim, por fazer que eu seja quem sou hoje.
Paizão, valeu a mãozinha!
Você é demais!