A nossa amizade é como a natureza: bela, pura e simples.
Desejo apenas, que tenhamos forças de intensificá-la cada vez mais, não permitindo nunca que ela esmoreça ou seja companheira do vento rude do esquecimento.
Juntos com certeza, teremos esta força, pois, somente amigos conseguem e podem fazer com que a amizade permaneça sólida através dos tempos. Sólida e cheia de encontros, realizações, companheirismo, carinho e compreensão.
São pessoas como você, que contribuem para que os pequenos momentos se tornem grandiosos e inesquecíveis. É o mais sincero sentimento de alguém que teve, seus pequenos momentos transformados em felicidade.
O homem aproximou-se do espinheiro. Ergueu a mão para tocá-lo e um "ai!" de dor brotou de seus lábios.
Um rubi de sangue brilhou no seu dedo. O homem limpou o sangue e disse fitando o espinheiro: – Eu te perdoo!
Admirei e louvei dentro de mim aquele homem que possuía o doce dom de perdoar.
E aconteceu que veio outro homem. Parou junto ao espinheiro, ergueu a mão para tocá-lo, e o espinho o picou. Mas o homem limpou em silêncio a ferida, contemplou com amor o espinheiro, e não disse: – Eu te perdoo!
Tive, então, este pensamento: – O primeiro homem era um santo: sabia perdoar!
Este outro não sabe! Mas o meu Senhor, interrompendo a minha cisma, disse: – Quem não sabe é você! – Como, Senhor? Então o primeiro homem... – Sim, é um santo, porque perdoou quando foi preciso! – E o segundo? – É mais santo ainda, porque não tem necessidade de perdoar.
E como eu ficasse perplexo, com o olhar perdido na incompreensão e na dúvida, o Senhor me disse: – O espinheiro fere, porque é espinheiro. Ainda que ele quisesse jamais poderia perfumar.
O primeiro homem sentiu a dor da picada, e como não sabia nada, atribuiu a culpa ao espinheiro. Mas, como era puro de coração, perdoou.
O outro homem sentiu a mesma dor, mas como sabia que todo espinheiro fere, pois o espinheiro é assim, não se sentiu ofendido. E como nada tinha a perdoar, não perdoou.
Desde então sofro menos quando os espinhos me ferem. Dói-me na alma a ferida, mas minha alma sabe que não há ofensa. E como não há ofensa, não há perdão.
É assim que do meu peito brota um piedoso amor pelo espinho que não chegou a ser flor. Meu sofrimento se transforma em ternura porque já aprendi a não perdoar!
Troque os lençóis, coloque aqueles mais bonitos e macios, deixe a cama arrumadinha, esperando. Borrife um pouco de perfume no seu quarto, olhe-se no espelho, de frente, de lado, de costas, de dentro e respire fundo. Acenda na sala um incenso com fósforo, porque tem cheiro de pólvora talvez um Poem, indiano, e espete a varetinha numa laranja madura.
Ponha aquela música de que você mais gosta. Uma vela comprida e azul no castiçal de bronze. Desligue o telefone e todas as campainhas que houver no teu mundo. Livre-se de tudo o que for supérfluo. Tome então um banho demorado, com teu sabonete preferido. Cante alto no banheiro. Quando terminar, passe as mãos pelo corpo, como fosse para tirar-lhe todas as gotas de água que houver, espécie pura de massagem carinhosa. Enxugue-se com a melhor toalha. Maquiagem leve, batom discreto, o melhor perfume, aquele que lhe traga as mais deliciosas lembranças.
A calcinha de algodão. Vista uma roupa linda, fresca, leve, macia. Prepare-se como se fosse a uma festa no teu corpo, uma festa onde a tua alma vai hoje ser rainha. Descalça, como deusa grega sorridente ao sair de um labirinto. Respire mais fundo. O vinho, que já fora escolhido com amor, deve agora ser aberto com mais amor ainda. Se possível, uma taça de cristal tcheco. Se não tiver, serve uma dessas francesas, grande. Ou um simples copo, transparente, bem lavado.
Sirva delicadamente. Sente-se. Levante o copo contra a luz. Sinta a temperatura do vinho, a sua cor, o seu cheiro. Esmague o vinho com a língua no céu da tua boca, como se esmagasse um cacho de uvas maduras num vinhedo do sul em dia de sol de primavera. E sinta o sabor. Nenhuma expectativa. Ninguém vai chegar. Você já cuidou para que ninguém chegue nos próximos dois mil anos.
Minha mãe, não poderia estar mais triste com a briga que tivemos. Sinto um grande arrependimento em meu coração e só quero pedir desculpa pela forma injusta como tratei você.
Não pense que as palavras duras que disse são verdadeiras, pois eu falei sem pensar. Quero me dar melhor com você e fazer com que sinta orgulho na filha que tem. Eu te amo muito!
Não sejas precipitado(a) e não me julgues louca, mas é que hoje percebi que os verdadeiros amigos não crescem em árvores, e então pensei em ti e fiquei muito feliz!
Sabes, a única coisa em comum, a única relação que se pode fazer entre um amigo e uma árvore diz respeito ao cultivo e ao cuidado. A verdadeira amizade começa do tamanho de uma singela semente e, se bem tratada, regada e alimentada com carinho, crescerá na medida do afeto que lhe for dedicado.
Continuando com a comparação, sinto que o nosso envolvimento afetivo já ganhou a força de uma árvore, porque a amizade, a lealdade e a confiança que dedicamos uma à outra (um ao outro) é resultado de raízes bem aprofundadas nos nossos corações, e a consequência disso é que há mais flores nos nossos caminhos quotidianos e mais frutos doces para nós à beira das estradas...
Digo isso porque é muito difícil caminhar sozinha, e tenho a certeza de que a inspiração proveniente da sua amizade e do seu carinho tem feito o meu dia-a-dia mais feliz! Como já disse, amigos não crescem em árvores! Então, posso me considerar uma pessoa de sorte, pois encontrei em seu coração um generoso bosque de bons sentimentos, os quais pretendo retribuir por toda a minha vida!