Toc, toc, toc...
Aqueles estampidos ecoavam por toda mata, como se fossem tiros de uma arma. O
machado rachava sua pele. Suas folhas tremiam, a cada pancada desferida contra seu
corpo.
Lentamente, feroz arma atinge sua alma. E ela, não mais podendo sustentar-se, cai
como um gigante. Deixa pequenos órfãos jogados pelo chão, tão pequenos e sozinhos
que o homem pisa-os sem dó ou piedade.
Eles são pequenos e fortes, sabem que sua vida não terminou. Aguardam, repousando
na terra, uma gota de água para que explodam em vida.
Natureza boa, perfeita, derrama lágrimas, num instante. Logo em seguida vem o sol
dar ânimo e coragem para aqueles pequeninos.
Começam a crescer, dar sombra, flores e frutos para homens e animais, nada pedindo
em troca.
São tão generosas, que até mesmo retiram as toxinas do ar, devolvendo-o puro e
fresco para todos.
E a vida continua... Elas são o que são. Fazem sua parte, sem querer nada em troca.
E o homem, injusto, só lhe dá uma coisa: toc, toc, toc...
É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos...
É tempo de Páscoa, momento de celebração da vida em família, mas também de reflexão e mudança. Páscoa é sinônimo de renascimento, de renovação, pelo que é o momento certo para refletir...
Tudo na vida pode ser uma lição, aprendizado. Os erros e falhas também são aprendizados, pois descobrimos o que funciona e o que não funciona na nossa vida. Só não aprende quem fica parado....