Eu tinha um medo mortal de não ser ninguém. De chegar sem ninguém me cumprimentar pelo caminho, de não notarem que eu mudei meu perfume, de não pedirem minha opinião, de começarem sem mim, de terminar sem ninguém.
O meu medo, mesmo mortal, não era o da morte, era o de não ser a mais ilustre dentre as comidas dos vermes. Eu quero que os vermes me guardem para comer no Natal ou quando chegar algum parente de longe que eles queiram impressionar.
Imagine quão desesperadora é a ideia do esquecimento para o homem moderno: já quase não nos sobram mais árvores nem tempo para escrever. Só nos resta então, ter filhos. Mas o amor aos meus filhos impediu-me de tê-los para viver as mesmas angústias que eu.
Eu desisti da vida muito jovem, quando ainda me sobravam vários dentes mas poucos motivos para sorrir. Agora, o arrependimento e o medo do esquecimento me perseguem e aqui me posto a escrever minhas memórias, por vezes trágicas, por vezes cômicas, mas quase sempre vis.
Arlindo da Souza e Cruz
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