Com um vestido de seda florido
De tons rosa natural, cabelos presos e molhados...
Na frente desta telinha... revendo meus secretos e já distantes e-mails...
Encontro uma "foto", sua foto entre tantas outras lá existente...
Essa faz-me pulsar forte meu coração,
Meu corpo fala a linguagem do desejo... da saudade.
Fazendo-me sentir o prazer por inteira... hummm...
Levando-me ao desejo maior... aiiiiiiiii...
Na brisa desta noite estrelada...
Um convite a melancolia...coração pulsando forte...
Ansiedade, encontro, desencontros, desejos... lembranças...
Imaginei-me sentindo de leves os sabores de sua boca... Com coração pulsando, meu corpo estremeceu faminto... Sentimentos a flor da pele... uma musica ao fundo, trás-me você de volta...
Viajo dentro de mim mesma.
Te busco... mas só a "foto" fala Sorrir... fazendo-me recordar momentos plenos...
Com os olhos marejados de lágrimas...
Querendo torna-la concreta,
Viva... sempre minha.
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...
Ouço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas...
Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...
Sou chama e neve branca misteriosa...
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
Não depender senão de si mesmo é, em nossa opinião, um grande bem, mas isso não significa que devamos sempre nos contentar com pouco. Simplesmente, quando nos falte a abundância, devemos poder nos contentar com pouco, persuadidos de que gozam melhor a riqueza os que têm menor número de cuidados, e de que tudo quanto seja natural se obtém facilmente, enquanto o que não o é só se consegue a custo. As iguarias mais simples proporcionam tanto prazer quanto a mesa mais ricamente servida, sempre que esteja ausente o sofrimento causado pela necessidade, e o pão e a água ocasionam o mais vivo prazer quando são saboreados após longa privação.
O hábito de uma vida simples e modesta é uma boa maneira de cuidar da saúde e, ademais, torna o homem corajoso para suportar as tarefas que deve necessariamente cumprir na vida. Permite-lhe ainda apreciar melhor uma vida opulenta, quando se lhe enseje, e fortalece-o contra os reveses da fortuna. Por conseguinte, quando dizemos que o prazer é o soberano bem, não falamos dos prazeres dos devassos, nem dos gozos sensuais, como o pretendem alguns ignorantes que nos combatem e nos desfiguram o pensamento. Falamos da ausência de sofrimento físico e da ausência de perturbação moral. Pois não são nem as bebedeiras, nem os repetidos banquetes, nem o gozo resultante da frequentação de adolescentes e de mulheres, nem o prazer que causam os peixes e as carnes abundantes nas mesas suntuosas, que proporcionam uma vida feliz, e sim os hábitos razoáveis e sóbrios, a razão investigando sem cessar as causas legítimas da preferência e da aversão, e rejeitando as opiniões susceptíveis de trazerem a alma em maior confusão.
Epícuro