O que é o amor?
Em matemática: um problema.
Na história: uma guerra.
Em química: uma reação.
Na arte: um coração.
Em mim: você.
Às vezes sofremos desilusões por conta das mentiras que as pessoas contam. É preciso ter preparo para isto. As pessoas mentem, e isto é um fato.
Mas é preciso, também, saber separar o joio do trigo. Há pessoas que mentem, deliberadamente, porque querem o teu mal. E há aquelas que mentem por que gostariam de te ver melhor, ou de serem melhores para você.
Algumas pessoas podem achar que a realidade pode ser apresentada melhor se fantasiada um pouco, e aí a mentira é quase inocente, mais assemelha-se a um desejo ou a um sonho, e não se deve subjugar o valor destas pessoas por isso.
Em alguns casos, podemos dizer que a mentira é como uma casca, que uma vez descoberta, deve apenas ser jogada fora. Nas pessoas, assim como entenderia um bom boticário, o que vale não é o frasco, mas a essência.
Augusto Branco
Coração inquieto
Que procura em um olhar,
A razão de ser feliz.
Pensamentos que não sossegam
Sentimentos travessos
Que alimentam o coração.
Pode chover
Uma tempestade surgir,
Mesmo aqui dentro
O coração pede por você
E minha alma vai ao encontro com sua presença...
Fazendo da distância um simples detalhe;
Detalhe insignificante
Para um coração apaixonado.
As estrelas podem não brilhar
A lua pode se esconder
Mas minha alma vai te buscar
Pra esse amor enfim viver.
Desde do amanhecer
Já penso em você.
No entardecer,
Escrevo lembrando de nós dois juntos...
No anoitecer adormeço
E durante meu sono,
Eu sonho com você
Sonho que você veio pra ficar,
E de que a distância
Não vai mais atrapalhar.
Falar de amor, meu amor.
Falar de amor é fácil pra quem não tem sentimento, ou pra quem não o tem reservado e guardado no peito especialmente para alguém.
Difícil é querer compreendê-lo.
E mais difícil ainda, é sentir a dor da sua ausência da noite para o dia dentro do coração e da alma.
Essa sensação de dor e tristeza é terrível.
Ela insulta os nossos olhos para atrair as lágrimas quando menos esperamos.
Ela provoca o silêncio dos nossos pensamentos, na intenção de nos levar ao encontro de uma profunda solidão quando estamos em casa ou em algum lugar à procura das respostas das nossas perguntas e da correção dos nossos erros.
Imaginar o amor e vive-lo, é completamente diferente.
Na imaginação, o amor é só fantasias e sonhos de que vamos encontrar a pessoa perfeita para amar e com felicidade plena.
Mas não é isso que acontece.
Na vida real é tudo o contrário da nossa imaginação ou dos nossos sonhos.
Nós conhecemos alguém...
Envolvemos-nos acreditando que é a pessoa certa para ser amada...
Confidenciamos nossos segredos crendo que ninguém mais vai saber, e, é aí que cometemos o primeiro erro de uma relação, de um amor.
Nós misturamos o amor com o desejo e o prazer de estar dividindo cada segundo de vida com a pessoa que escolhemos estar do nosso lado.
Essa mistura de amor, desejo e prazer, se transforma em sentimentos de dor, de mágoas, de sofrimento e vingança, quando perdemos a esperança de que vamos reconstruir a vida ao lado de quem amamos sem brigas, sem ciúmes, sem desavenças ou conflitos na vida real.
É assim que acredito ser o amor verdadeiro.
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda